Monday, August 31, 2009

Escravos disfarçados de assalariados

Jay Vaquer, um músico, cantou a frase do título em uma de suas músicas que começa:'Alguém sabe dizer o que é nomral?". Na música ele comenta de um casal dos tempos modernos e hábitos idem. Os tempos modernos nos trazem coisas sensacionais como o aumento da expectativa de vida (começando pela penicilina), a possibilidade de comunicação instantânea, gadgets que nos assessoram e não vivemos sem eles. Mas os tempos modernos também nos fez ter sentimentos que antes não precisávamos ter. No trabalho, por exemplo, nossa necessidade de reconhecimento e recompensa é mais aguaçada do que na época dos meus avós. Me parece que o fato de estar empregado e conseguir manter-se nele pelo tempo que desse era suficiente para manter um colaborador firme. Bastava manter-se e receber salários. A diferença deste cenário para o atual é que as empresas não querem mais colaboradores que fiquem o quanto conseguirem. Elas querem proativos, agregadores, criativos, gente que dê um kilometro a mais. Para isso,invariavelmente, somos obrigados a anular alguma parte da vida e a mais normal de ser negligenciada é a vida social. Nos enfurnamos nas atividades da empresa de uma maneira que corremos risco de ficar vazios...Só falamos disso, só o que nos motiva é isso, se estamos com algo pra fazer que não pode ser adiado: esteja certo, é pra isso! De alguma forma, o sistema de escravidão continua na mente, mas disfarçada de relação trabalhista e com remuneração (na maioria das vezes desproporcional). Se não cuidarmos, seremos escravos disfarçados...Escravos da nossa ambição. Ambição esta que as empresas sabem muito bem usar a seu favor!

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