Tuesday, February 18, 2014

Grilhões imaginários

Certamente você já deve ter assistido a filmes com prisioneiros com aquelas bolas de ferro amarradas em um de seus tornozelos. É óbvio que você entende que o objetivo dos grilhões era impedir a locomoção e, como resultado, a fugas destes prisioneiros. Com o tempo passaram a representar, também, opressão e eu descobri (pesquisando) que são citados no Hino Nacional da França e no Hino da Independência do Brasil. Além do modelo com a bola na ponta, também existe o modelo chamado de fechadura de copo.
Hoje já não se usa mais este elemento, mas os grilhões imaginários estão por toda a parte, no meu dia-a-dia e, talvez, no seu também.
Todas as vezes que você determina que não pode alguma coisa, a justificativa é o seu grilhão. Seja por covardia, insegurança, medo, proteção, precaução ou qualquer outro argumento, ao determinar que não consegue alcançar um objetivo (seja profissional ou pessoal) você está colocando os grilhões no seu cérebro.
Exagerado? Talvez!
Mas todas as situações em que eu mesmo justifiquei/expliquei o fato de não ter conseguido algo, sem perceber eu tinha amarrado minhas pernas, me transformado em algo imóvel ou imutável e impedido. Quase sempre esta constatação vem tardiamente. Por isso você, neste momento, pode estar achando que nem sempre é assim e que você vive a vida plena aproveitando todas as oportunidades com auto-confiança e determinação. Ainda explica, às vezes até, apelando para a religiosidade: "Se não aconteceu é porque não era para ser ou porque Deus não quis!"
Pense em todos o grilhões, do cotidiano, que você vem se impondo sem perceber e abra a fechadura ou serre a corrente que liga ao peso. Você vai se surpreender com a constatação de que você pode tudo!

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